sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

"ENTREVISTA COM ALMIR SATER - SESC - Dom Pedro II - São Paulo"

Numa entrevista com o cantor, compositor e violeiro Almir Sater, em 23 de julho de 2016, evento que aconteceu na ocupação SESC Parque Dom Pedro II - São Paulo, o cantor fala da importância do rádio em sua carreira. 


Com perguntas pautadas sobre a viola-de-cocho, pesquisa para desvendar se esse instrumento pode ter origem da viola que veio na caravana de Cabral, por ser um instrumento com muitas histórias e lendas, e, preservar suas origens primitivas, a qual pertence a cultura mato-grossense, e, pelo fato do violeiro ser natural de Mato Grosso do Sul. Almir, afirmou não ter muito conhecimento, que sua especialidade é viola de cordas de aço, fazendo a colocação que a viola-de-cocho, hoje é de cordas de linha de pesca, mas, que os caboclos utilizavam cordas de tripas de macacos. “Então é um instrumento mais percussivo, eu já gosto mais de sonoridade”, disse. Mas, quando a pergunta é dirigida, como se deu seus primeiros acordes de viola, Almir brilha os olhos ao dizer que brotou em sua alma a paixão pela viola, ouvindo as duplas sertanejas pelas rádios AM, como Tonico & Tinoco, que ganharam o subtítulo, a dupla “Coração do Brasil” e Tião Carreiro & Pardinho, dupla sertaneja consagrada, que ficou conhecida como “Rei do Pagode”. 

Como o rádio sempre foi meio midiático do mundo musical sertanejo, e o circo dependia incessantemente da veiculação radiofônica, para promover os artistas sertanejos em seus pavilhões, a pergunta agora foi se o circo fez parte da sua carreira. Almir disse que sua carreira iniciou quando o circo já não estava no apogeu. Porém, quando a pergunta é voltada para o início de sua carreira, e se até hoje o rádio é relevante em midiatização de suas músicas, ele responde que não. Alega que quando criou seu estilo, sabia que não era a linguagem do rádio. “Portanto, nem levava meu disco nas rádios, eu sabia que não tocariam. Então não perdia tempo”, completou dando gargalhadas. Pelo fato de fugir um pouco da pegada do sertanejo tradicional, por ter uma levada mais instrumental, os meios radiofônicos não despertavam interesse em massificação de seu produto musical.
O brilhante show de Almir Sater, contou com uma multidão que entoava suas canções. O público muito comportado e mesclado, desde terceira idade, adultos, jovens, adolescentes e até crianças nos colos dos pais, aplaudiram e pediram bis, quando o cantor carismático retorna ao palco, atende a multidão e se despede.











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